terça-feira, 25 de agosto de 2015

Momento chef de cuisine

Por Clau Gavioli

Foi incrível! Pra mim, foi incrível, mesmo!! É muito prazeroso receber os amigos em casa e poder cozinhar com cuidado, usando produtos selecionados, tendo planejado tudo com antecedência, ordem, disciplina e muito, muito amor! 

A estreia do Lá em casa para jantar foi no sábado, 22/08. Marcado para às 20h30, para que o serviço fosse iniciado às 21h, não deu outra, o evento rolou perfeitinho. 

Primeiro, chegaram Fabiola e Roger, que vieram nos dar uma força, coisa de amigo irmão. Depois, pontualíssimos, Will e Susana, um lindo casal cuja delicadeza é tamanha que a gente quer ficar perto o tempo todo! 

Logo em seguida, subiram no mesmo elevador Márcio, Luca e Clara. O primeiro, meu amigo de longuíssima data, entusiasta da ideia do Lá em casa, grande incentivador. O casal Clara e Luca, dois jovens, recém-casados, ela uma cabeça sensacional, madura, discreta, pontual em suas observações, ele um italiano legítimo, que gosta da boa mesa e curte (e batalha) a vida. 

Demoraram um pouco mais a chegar Aline e Alessandra, do blog A dica é...  Quando chegaram, às 21h, os copos começavam a ser servidos.  

Os lugares estavam marcados para que houvesse interação. Os casais lado a lado, como gostam os brasileiros. Na Europa isso não seria assim jamais! Mas por aqui, é marido e mulher, namorado e namorada, namorado e namorado, esposa e esposa gostam de comentar ao pé do ouvido... Por que não? 

Faz parte do bem receber apresentar as pessoas, criar assuntos em comum, falar de temas agradáveis... Nem precisou de tudo isso. O clima estava tão amistoso que assim que todos se sentaram à mesa, houve algum silêncio. Dali a pouco... Parecia que estávamos em pleno pregão da Bolsa nos tempos da algazarra. Que satisfação! Maior não poderia ser! 


A comida


Todo menu foi pensado para gerar conversa e integração entre os participantes. Isso foi bem legal. 

Os crostinis abriram o serviço. Havia o tradicional de tomate, o de caponata e um diferentão, de patê de figado com maçã.  Destaque para ele! Uma aposta arriscada que surpreendeu positivamente quem se deu o direito de romper a barreira do "não gosto de fígado". Afinal, quando se vai a um lugar que oferece coisas novas, a ideia não é provar? 

Em seguida teve salada quente de radiccio com uma mistura de queijos, sobressaindo o sabor acentuado e um pouco amargo do macio e marcante queijo de cabra. A novidade era ser quente, já que salada, no geral, é fria!

Compondo a refeição, o prato principal era risoto. Mas mais que um: três! De brie com hortelã (o campeão de audiência), de carne seca com abóbora e de peras com castanhas e queijo meia cura de cabra. 

Depois estava prevista uma tábua de queijos diversos harmonizada por um vinho branco de colheita tardia. Ela foi esquecida. Houve um lapso e os doces foram servidos antes: terrine de chocolate com tamaras e castanhas, bolo de amêndoas com coulis de morangos aromatizados com hortelã fresca. 

A ordem dos fatores (já que o queijo foi servido depois) não alterou a alegria das pessoas. Me senti a própria Babette! 


A integração


Comer e falar de comida, que prática deliciosa! Falar de viagem, da louça usada no serviço, de blog, de comunicação, de fotos, de livros para pintar e lápis de cor,  de dicas para encontrar produtos de boa qualidade com preços ok.... Não teve conversa atravessada... 

Ah! Sabe uma coisa que eu notei? Ninguém estava preocupado em falar no celular, nem em fotografar tudo de cabo a rabo. Foi simples, humano, uma refeição entre amigos.  Por fim, a gente até estranha porque não teve muita foto... 

Que sorte! Que boa sorte! Futuro auspicioso para o Lá em casa pra jantar. 


Eu, chef!  

Adorei! Preciso falar mais? 

Até o próximo Lá em casa pra jantar. Em setembro!